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[Especial Mulheres] Entrevista Amanda Bonatti

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Olá Clubenautas.
O dia 8 de março foi instituído como o “Dia Internacional da Mulher”
Então, nada mais justo do que conhecer um pouco sobre o que pensam as mulheres que dão vida ao nosso blog.





Primeiramente vamos apresentar a autora da vez!

AMANDA BONATTI

Nasceu em Rio do Oeste, SC em 7 de janeiro de 1987, mudou-se ainda criança para Itajaí, cidade onde estudou e trabalhou em escolas Municipais. Amanda é Pedagoga, Licenciada em Letras, leciona há 8 anos na área da Educação Infantil e anos iniciais. Atualmente divulga seus textos nas escolas e bibliotecas de Itajaí, redes sociais e em sites e blogs na internet.
Amanda x Escrita
Eu sempre gostei muito de ler, desde os tempos de escola, mesmo antes dos tempos de escola. Eu lia o mundo antes de ler as palavras e ler o mundo é algo que transcende a uma simples leitura de códigos e símbolos.Mas quando conheci o mundo encantador das palavras, dos livros e da poesia, me encantei por esse universo mágico e mergulhei fundo!Lia tudo, placas, revistas, jornais, quadrinhos, livros que por acaso paravam na minha mão, até que descobri a biblioteca! Ah, quantas delícias vivi dentro de uma biblioteca, saborear livros como quem come a fruta preferida...Escrever, foi aos 12 anos que iniciei essa estranha e viciante mania, digo mania pois escrever tornou-se minha loucura, ideia fixa, meu desejo imoderado. Primeiramente, escrevia sobre minhas angústias, minhas dúvidas, amores,minha vida, aos poucos comecei a juntar fragmentos de alguns sentimentos que observava em outras pessoas e falar através do coração delas, através do meu jeito de ver o mundo.Cresci encantada com esse universo, estudei Pedagogia (2005/2009), me formei, lecionei, aprendi muito com as crianças. Depois percebi que precisava continuar a estudar, então fui em busca de um sonho, cursei Letras (2010/2013), tive grandes lições de literatura, poesia e história da nossa língua.Em 2013, conclui o curso de Letras, fiz uma pós graduação em Supervisão escolar, mesmo ano que publiquei meu primeiro livro;"Ah!Mar Itajaí", onde retrato as praias e as belezas naturais da cidade onde vivi minha infância, onde cresci, trabalho e estudo.

CONTATO: 

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Vamos nessa?


1 – Apesar de já ter obtido muitas conquistas na história, na política, nas artes e no mercado de trabalho, ainda é notório certo preconceito em relação ao papel da mulher na sociedade. Como você se sente em relação a esse fato? Acha que ainda existe muito preconceito?  (Vanda)

AMANDA:Eu creio que sim, alias, o preconceito está em praticamente tudo, de forma escancarada ou discreta, mas sempre ali. Por ser mulher ou por ser jovem, por ser bonita ou não se encaixar nos padrões de beleza, enfim, a sociedade ainda tem muito preconceito e em relação às mulheres, não é diferente. A sociedade julga a mãe solteira sem questionar que “tipo” de pai foi o homem naquela relação. Julga a mulher pela roupa, pelos costumes, pelos ideias e assim seguimos, nadando contra a maré, mas sem jamais desistir.

2 – O processo de criar e escrever histórias e personagens consome muito tempo, disciplina e envolvimento. A grande maioria das autoras que conheço, além de exercerem alguma profissão, acumulam funções de dona de casa e mãe. Para você esse fator é irrelevante, estressante ou estimulante? (Vanda)

AMANDA: Para mim é estimulante, pois não me cobro além do que posso oferecer e parei para analisar e ver as coisas que realmente me davam prazer e me deixavam feliz. Tento organizar minha rotina para que sempre sobre um tempo para ler, assistir a um filme e escrever, claro que nem sempre consigo, a rotina do dia inclui cuidar da casa, brincar com o filho, levá-lo na escola, entre outras coisas. Acho que é importante se dar esse tempo, de fazer as coisas com calma e sozinha. O escritor precisa desse tempo a sós consigo mesmo. Se não tenho tempo para escrever, tento não me frustrar com isso e sempre lembrar que faço isso pois amo, tem que ser uma coisa boa.

3 – Quando se é mulher, com raríssimas exceções, em qualquer área profissional as chances são menores (é como se a mulher tivesse que provar com mais exigência e rigor sua competência). Você acha que devido a esse fator, muito talento e competência são desperdiçados? Já passou por situação semelhante? Qual seu sentimento em relação a isso? (Vanda)

AMANDA: Sim, acredito que sempre que o preconceito se instala, há uma barreira impedindo que algo de bom aconteça, que algo de bom seja construído. Todos precisamos de oportunidades e que nos seja dado os mesmo créditos e incentivos, sem isso não há nada, apenas, como você disse: competências desperdiçadas. Não passei por nada semelhante, em todos os lugares que trabalhei e estudei, bem como nas minhas relações pessoais, consegui o respeito e admiração das pessoas. Se houve qualquer ato de preconceito comigo, mesmo que em menor escala, pelo fato se ser mulher, não me recordo.

4- Quais são suas expectativas em relação ao mercado literário no Brasil? Como você vê a atuação das mulheres nele? (Vanda)

AMANDA: Vejo que está crescendo muito e isso me deixa de verdade, feliz. Claro, há o que melhorar, mas levando em conta a nossa história (passado) na literatura e a atualidade, já percebemos que as mulheres estão marcando fortemente a sua presença.

5 – É claro que você já ouviu alguma coisa do tipo “lugar de mulher é na cozinha” (Aff!). Para você, onde é o lugar de mulher? (Vanda)
AMANDA: Mulheres são muito fortes, criativas, são obstinadas. O lugar delas é onde elas quiserem estar, e de preferência: brilhando.

 6 – Basicamente, no seu livro, o personagem principal é feminino. Quais características pessoais elas levam de vocês? Se fosse para escolher uma para representar o Dia Internacional da Mulher, qual seria e por quê? (Giuliana)

AMANDA: Realmente a maioria dos meus personagens são mulheres, acredito que por afinidade (hehe). Em “S.O.S Mamãe de primeira viagem” por exemplo, relato o universo feminino através da minha perspectiva enquanto grávida. É uma loucura estar grávida, quem já passou por isso sabe. Acho que o fato de retratar a mulher em minhas obras é justamente esse, de aproximar as pessoas de uma coisa que é muito real, que a maioria das mulheres vive, então os leitores se identificam. Para representar o Dia Internacional da Mulher eu escolheria a Bel, de “Lágrimas de Outono”, para mim ela representa a superação e a força que nós, mulheres, temos.

7- No dia Internacional da Mulher qual mensagem você deixaria para suas leitoras? (Giuliana)

AMANDA: Que sejam felizes, que continuem autênticas, fazendo aquilo que deixam vocês felizes, de bem com a vida. Continuem lutando pelos seus/nossos ideais, persistam nos seus sonhos e acreditem que chegaremos lá: onde queremos e merecemos estar.

8- Quais autoras influenciam ou influenciaram sua decisão de seguir com a carreira de escritora e em qual aspecto? (Giuliana)


AMANDA: Confesso que cresci lendo os clássicos de autores brasileiros, a maioria de homens, como Machado de Assis, Lima Barreto, Jorge Amado, Carlos D. De Andrade, enfim, sabemos que tivemos um época que era predominante a literatura masculina no Brasil. Foram estes os autores que mais li e com certeza (ótimos autores) e que me influenciaram como escritora. Já na fase adulta foi que comecei a ler mais literatura escrita por mulheres, as quais destaco: Hilda Hilst, Cecília Meirelles e Adélia Prado.



9 - Nos conte um pouco mais sobre a mulher que existe por trás da escrita. Quais são seus medos, desejos e sonhos? (Giuliana)

AMANDA: Em mim existe uma idealizadora, que sonha alto e acredita que tudo é possível. Vive uma mulher que não desiste e é muito otimista e que tem o maior desejo do mundo: ser lida por muitas e muitas pessoas.


10- Sobre o seu trabalho mais recente, o que as personagens principais têm a oferecer de ensinamento e qual a obra em questão? (Giuliana)

AMANDA: A obra mais recente é “Lágrimas de Outono”, em que a personagem Isabel perde os pais quando ainda é uma criança e a sua vida até a fase adulta é permeada pela saudade, dor e superação. A mensagem pretendo passar através dessa personagem é de esperança, de acalento ao coração, de superação da perda através da “morte” e que a vida é muito bela, é para ser vivida sem medos. Mais que tudo, gostaria de deixar uma mensagem de amor, que ele é maior que tudo e nunca acaba e que o melhor lugar para uma lembrança boa viver é no coração.

Agradeço muito a oportunidade de responder estas perguntas J



Obrigada Amandinha pela disponibilidade de fazer essa entrevista, que você tenha muito sucesso, vencedora vocês já é pelo simples fato de seguir os seus sonhos através da escrita, nós admiramos demais o trabalho de cada uma de vocês!

Clubenetes


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