Olá, pessoinhas queridas!
Ano novo, a vida continua e o nosso blog, também.
Pra marcar a volta do nosso blog que esteve de férias em Dezembro, decidi falar de alguém que marcou positivamente não só o mundo literário, mas, também, a vida das pessoas que convivem ou conviveram com ela. Sei que temos muitas outras pessoas que brilharam nesse sentido, mas, a minha vida ficou mais enriquecida no convívio com essa mulher multitarefas (bióloga, cientista, bailarina, blogueira, escritora, bruxa, pesquisadora...) que exemplifica e desmitifica “Fênix” (aquela que renasce das próprias cinzas). Sim, porque se Fênix faz parte da mitologia grega, para mim, ela existe e chama-se Nuccia de Cicco.
Vamos ao texto?
A fênix, fênice (português brasileiro), fénix (português europeu) ou ϕοῖνιξ (em grego clássico) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em autocombustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fênix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes, podendo se transformar em uma ave de fogo.(Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.)
Esse texto não é resenha, primeiras impressões, apresentação de autora, divulgação... Não! Não é nada disso. Eu estava devendo algum comentário sobre o livro “Pérolas da Minha Surdez”, da autora Nuccia de Cicco, mas o blog já tem resenha do livro e a Giu (nossa administradora-mor) também já escreveu as primeiras impressões sobre ele. Entretanto, no ano passado, senti vontade, necessidade de falar alguma coisa sobre o livro.
Hoje, curtindo as minhas tão sonhadas e merecidas férias, num dado momento, quando estava ouvindo músicas (uma das minhas paixões) no MP3, literalmente, dei de cara com o livro da Nuccia. Na hora, peguei o livro e pensei: será que a Nuccia gostava muito de ouvir músicas? Se sim, como será que ela está sobrevivendo sem poder mais ouvi-las? Decidi, então, que esta era a hora de comentar sobre seu livro e foi assim que esse texto surgiu.
Fiquei (e ainda estou) com muitas dúvidas sobre o conteúdo do que vou escrever e se vai ser bem entendido por ela e por vocês. Cheguei a conclusão de que não consigo falar sobre “Pérolas da Minha Surdez” sem falar da Nuccia e que também não consigo falar sobre a Nuccia sem falar sobre “Pérolas da Minha Surdez”, pois Nuccia e “Pérolas da Minha Surdez” se explicam, se completam. Então, vou falar um pouco sobre a Nuccia entremeando com o livro (ou será o contrário)? Sei lá...
Bem, pessoal, tenho o privilégio de conhecer a autora pessoalmente, de tê-la visto se apresentar com seu grupo de dança do ventre, de termos conversado descontraidamente e zoado em um encontro no shopping, assim como tenho o prazer de interagirmos na internet através de nossos blogs, postagens e conversas ocasionais.
Quem leu seu livro ou tiver a curiosidade de ler terá uma autodescrição perfeita dela. O que posso falar sobre “Pérolas da Minha Surdez” é que ele é como a Nuccia: verdadeira, consciente, profissional, direta, franca, objetiva, transparente, sem “mimimis” e delongas.
O que isto significa? Significa que a Nuccia conseguiu colocar em seu livro um roteiro precioso de sua vida, fornecendo informações desde o dia de seu nascimento até os dias atuais sem ser prolixa desnecessariamente. Todas as informações que ela fornece são extremamente úteis para que o leitor mergulhe em sua história e sinta-se integrado na época e ambientes nos quais os fatos marcantes e determinantes de sua vida aconteceram.
A autora comenta que não se considera expert no assunto, mas que vive sempre numa incessante busca por informações científicas e tecnologias que a auxiliem na interação com o mundo e com as pessoas que a cercam. Duvido que você, pós-leitura de “Pérolas da Minha Surdez”, não se sinta, de alguma forma, uma pessoa diferente, seja pela emoção da história, seja por conhecimentos e/ou informações adquiridas ou por ser apresentada a uma mulher tão atuante e determinada que, como a Fênix, tem a capacidade de, a cada dia, renascer das cinzas.
Vou deixar claro que “Pérolas da Minha Surdez” não é um livro de autoajuda, não é um manual de como lidar com os surdos ou com a surdez, não é um livro triste e/ou deprimente, não eleva a autora ao posto de heroína, “Mulher Maravilha” ou afins, mas posso garantir que é um livro que traz um enredo tocante e instigante, no qual a Nuccia desempenha a personagem central da história, enfrentando inúmeras batalhas (batalhas, sim, porque a guerra contra a Neurofibromatose ou NF continua, não é, Nu, sua linda?) com muita garra, persistência e determinação, além de dar a oportunidade ao leitor de conhecer uma mulher multifuncional: bióloga, cientista, bailarina, blogueira, escritora, bruxa, pesquisadora,...Ufa! Ser surda ou ter se tornado surda aos vinte e tantos anos é mais um detalhe de sua dinâmica e intensa vida.
Bem, gente, a Nuccia se apresentou e se autodefeniu brilhantemente no livro e eu, além de sua apresentação também tenho outras impressões e sentimentos sobre ela. Sinceramente falando, esse texto não é para endeusar a autora, até porque destoo de alguns pontos de vista e, digamos, preferências que ela nos descreveu no livro, como amar cobras e sapos, ser bruxa de coração e ser praticante de uma religião politeísta, no seu caso, o paganismo.
Quando a conheci pessoalmente, minha empatia e admiração por ela se manifestaram instantaneamente. A Nuccia, sob meu ponto de vista, é claro, não é detentora de uma beleza estonteante, de um corpo escultural, de modos e trejeitos sofisticados. Ela é uma mulher bonita, com um biotipo diferente, mas o que me chamou atenção naquele exato momento, foi a firmeza e o brilho do seu olhar, seu sorriso e alegria contagiantes, sua simpatia e espontaneidade. Em poucos minutos de aproximação, senti que o ser humano Nuccia de Cicco, independente de seus erros e acertos, de suas batalhas ganhas e perdidas, de suas frustrações e expectativas, de suas crenças e gostos extravagantes (sapos e cobras, Nu? Aff!!!), de suas escolhas e rejeições emana e irradia força, garra, coragem e determinação.
Quanto a “Pérolas da Minha Surdez”, é uma autobiografia que narra com sutileza, humor, sensibilidade e objetividade a história da vida da autora que utiliza-se, na medida certa, de flashbacks que remetem a memórias de sua infância e adolescência, permitindo que o leitor tome conhecimento de seus planos e expectativas, das pessoas que tiveram importância relevante em sua vida, de seus mais importantes relacionamentos amorosos e de outros problemas de saúde que ela enfrentou antes de ser diagnosticada como portadora de Neurofibromatose.
Nuccia foi muito generosa com o conteúdo de seu livro, porque por mais que eu a classifique como exemplo de superação e aceitação sei que ela deve e tem que se superar constantemente e que o que chamamos de aceitação é, na verdade, uma intensa e incansável luta em busca de soluções e/ou adaptações que permitam-lhe conviver da forma mais próxima possível do mundo projetado para os “normais”. É certo que nada foi, é ou será fácil, que ela deve ter passado (ou passe, ainda) por momentos terríveis de questionamentos, inconformidade e desânimo, o que é perfeitamente normal e compreensível, mas, em momento algum de sua narração, ela conduz o leitor por estes caminhos dolorosos e tortuosos, deixando-o desalentado, esmorecido ou deprimido. Em determinadas cenas, ela até faz algumas alusões aos seus momentos “down”, mas o que prevalece mesmo em sua narrativa é a opção que ela fez para sua vida:
“... escolhi continuar vivendo bem com o que me restou ao invés de parar a vida por causa daquilo que perdi.”.
Escolha inteligente, mas difícil e fatigante, porém, se fosse uma escolha fácil e cômoda não seria a escolha da Nuccia, certo?
Logo no começo do livro, mais precisamente no capítulo de agradecimentos, me vi lendo, relendo e refletindo sobre o agradecimento que a autora faz, justamente, aos seus leitores. Confiram:
“A você, tão importante quanto todos. Sem você, leitor, seriam muitas palavras jogadas ao vento, a história de uma vida em vão.”
Realmente, Nuccia, não é justo palavras tão expressivas e impregnadas de todo tipo de sentimentos serem jogadas ao vento. Não é digno deixar que a história de uma vida tão marcada por lutas por espaço, adequação, superação e aperfeiçoamento tenha sido escrita em vão. Então, Nu querida, desejo, de coração, que cada um que leia essa postagem, adquira o livro e/ou ajude na divulgação, pois, além do fato de o autor precisar ter retorno financeiro pelo investimento na obra, uma história forte, marcante, peculiar e tão significativanão pode ter sido escrita em vão, mas, sim, para ser conhecida e guardada na mente e no coração de muitas, muitas, muitas pessoas.
Ou...
Saiba como adquirir o livro físico entrando em contato com a autora.
Saiba como adquirir o livro físico entrando em contato com a autora.
Contatos nas Redes:
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Nuccia (Fênix) de Cicco, sinto-me imensamente honrada e gratificada por tê-la conhecido!
Querido leitor, ficarei feliz com seu comentário. Comente sem moderação.
Beijos e até a próxima.
Créditos:
Texto: Vanda Costa
Diagramação: Vanda Costa
Texto: Vanda Costa
Diagramação: Vanda Costa
Fotos: Tiradas (roubadas) do perfil do Facebook da autora (hahaha...)
Imagens: Tiradas da Internet
Imagens: Tiradas da Internet