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[Resenha] Shirley - Charlotte Brontë - Editora Pedrazul

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Hey! Já ouviu falar de Charlotte Bontë, a escritora e poeta cujos romances são os mais conhecidos da literatura inglesa?
Recebemos o livro Shirley, uma edição linda da Editora Parceira Pedrazul e eu (Amanda), já soube logo de cara que iria amar a leitura.

Charlotte Brontë é umas das minhas autoras favoritas e suas obras me encantam demais. Inclusive ela é autora de um livro que eu amo: Jane Eyre, (assistam também ao filme, é ma-ra-vi-lho-so).
A edição que recebemos foi a 2 edição ilustrada de "Shirley", uma edição especial em comemoração aos 200 anos de obra. (Sim! Duzentos anos).
Em uma capa linda, com ilustrações tanto na frente quanto no verso do livro, a obra conquista logo de cara pelo seu visual, mas, o conteúdo do livro, este sim é um prato cheio para qualquer leitor que aprecia romances de época. Confira a resenha.



Ficha Catalográfica
Brontë, Charlotte, 1816 - 1855
Shirley: A história da orfã Caroline Helstone e da herdeira Miss Keeldar/
Charlotte Brontë; tradução de Fernanda Martins. - e.ed. -
Domingos Martins, ES: Pedrazul Editora, 2016.
392p.: il. Título original: Shirley
I. Literatura inglesa. 2. Ficção. 3. Romantismo. I. Título.
II. Martins, Fernanda.


Sinopse: 
Ambientado na Inglaterra industrializada no período da guerra napoleônica, num tempo de más colheitas, motins dos artesãos desempregados e instabilidade econômica, Shirley é o romance mais diferente de Brontë. No ano de 1811 toda a regiãode Yorkshire estava sob o peso de uma guerra que afetava o comércio de toda a Europa.Usineiros de toda a região se viam forçados a lutar para manter seus negócios e famílias inteiras passavam fome numa miséria sem fim. É neste cenário que a vibrante, emancipada, inteligente e misteriosa jovem herdeira, Miss Shirley Keeldar,completa a maioridade, e retorna à mansão de Fieldhead para assumir os negócios da família.  Nas terras de Miss Keeldar fica a sede do Moinho de Hollow, o maior da aldeia, palco dos principais conflitos sociais, cujo proprietário é seu inquilino Robert Moore.  O jovem cavalheiro, belo e ambicio so, sofre pressão de todos os lados, pois é ao mesmo tempo o mais odiado dos patrões e o mais acalentado noivo das mulheres. Em contrapartida, vive também na aldeia a delicada órfã Miss Caroline Helstone, uma moça muito bonita, sobrinha do pároco da vila. Miss Helstone, embora aceitasse o fato da morte de seu pai e do desaparecimento de sua mãe, questionava o porquê de tanto mistério envolvido nesse caso. Seu tio se tornava arredio toda vez que ela ousava lhe fazer perguntas. Mas, um acontecimento traz à tona toda a verdade.
 Mistério, intrigas, rebeliões, solidão, orgulho e paixão marcam este romance de final surpreendente.


Resenha:

Lançado em 1849, "Shirley" foi o segundo romance publicado por Charlotte Bontë, logo após "Jane Eyre", que foi o livro de mais sucesso da autora. 
Dentre as personagens protagonistas desse romance temos Shirley Keeldar e Caroline Helstone, que se tornam muito amigas durante a trama, apesar de serem bem distintas em suas personalidades. Shirley é mais independente, desafiadora, ousada, determinada e à frente da sua época, pois agia muito diferente da maioria das moças do seu tempo, que pensavam somente em paixões e em se casar. 
Já Caroline Helstone, é uma menina jovem, mais sensível, sonhadora, tímida e romântica e que logo no início do livro do livro já nos revela sua paixão por Robert Moore, dono de uma fábrica (falindo, diga-se de passagem), e protótipo dos que defendem a inovação introduzida pela Revolução Industrial.
Aliás, Robert Moore é o grande ponto chave do romance. Naquela época, o casamento nada mais era do que uma forma de conseguir dinheiro, Robert começa então a planejar conquistar Shirley, que é rica e herdeira de todo o dinheiro da família, além de tudo, é a proprietária do terreno que ele alugou para firmar sua fábrica de tecidos.
O que realmente se passa no coração de Robert é algo que só sabemos no final da história. Quem ele ama? Com quem ele realmente deseja ficar?
A obra é narrada em terceira pessoa por um narrador que não participa da história. A escrita é muito gostosa, fluida, sem grandes dificuldades no seu vocabulário. É um livro que assim como os outros de Charlotte, apresenta uma escrita bastante sagaz e repleta ironias e críticas á sociedade da época. Aliás, esse é o ponto forte da trama, mas, que não se concentra apenas no romance que vivem as protagonistas. Temos em jogo temas muito importantes como independência feminina, a luta contra os convencionalismos daquela época, o caos das guerras napoleônicas, que tornam a trama muito dinâmica e cheia de ação.
Enfim, é uma obra completa, que nos contempla com o sarcasmo, humor e irreverência da autora, algo presente em todas as suas obras.
Quer ler algo incrível com protagonistas femininas fortes? Leia Shirley, na edição impecável da Editora Pedrazul.

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Amanda Bonatti



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