Olá Clubenautas.
O dia 8 de março foi instituído como o “Dia Internacional da Mulher”.
Então, nada mais justo do que conhecer um pouco sobre o que pensam as mulheres que dão vida ao nosso blog.
O dia 8 de março foi instituído como o “Dia Internacional da Mulher”.
Então, nada mais justo do que conhecer um pouco sobre o que pensam as mulheres que dão vida ao nosso blog.
Primeiramente vamos apresentar a autora da vez!
Autora Fê Friederick Jhones
Eu sou uma apaixonada por histórias e pessoas, minha primeira escolha então foi a Psicologia, as palavras sempre fazendo meu mundo ter mais sentido, palavra cantada, escrita, falada, eu amo qualquer tipo de arte. Sou uma boba que chora com dramas de amor, amo finais felizes e clichês românticos, gosto de torcer por personagens que só existem na minha imaginação e passo horas em mundos variados, criando-os ou conhecendo-os pela voz de outros. Escrevo porque preciso e não saberia viver sem isso, artigos, reflexões, frases, contos, poesias, romances, todos os meus pedaços que dou ao mundo. Sou mãe de uma lady peluda que se chama Belle e tenho um marido lindo chamado Deivid Jhones, de quem roubei o sobrenome. Nasci na terra do acarajé, mas moro na cidade do bolo de rolo. Prazer, eu sou a Fê!
Contato nas Redes Sociais com a Autora:
Vamos nessa?
1 – Apesar de já ter obtido muitas conquistas na história, na política, nas artes e no mercado de trabalho, ainda é notório certo preconceito em relação ao papel da mulher na sociedade. Como você se sente em relação a esse fato? Acha que ainda existe muito preconceito? (Vanda)
Existe sim, mas ainda não senti isso na pele. Acredito que por ter uma profissão que predominam as mulheres (psicologia), não passei por nenhuma situação em que me senti diminuída por ser mulher. Só que sei que essa não é a realidade de milhares de mulheres por aí, que não apenas tem sua capacidade questionada, como precisam provar bem mais do que os homens, sem falar nas diferenças salariais e de oportunidade. Mas acredito que se já conseguimos conquistar tanto, podemos ainda mais.
2 – O processo de criar e escrever histórias e personagens consome muito tempo, disciplina e envolvimento. A grande maioria das autoras que conheço, além de exercerem alguma profissão, acumulam funções de dona de casa e mãe. Para você esse fator é irrelevante, estressante ou estimulante? (Vanda)
Estressante e estimulante ao mesmo tempo. Sou uma pessoa hiperativa, então quanto mais tarefas, melhor consigo gerenciar meu tempo. Gosto de agenda cheia e ficar cansada no fim do dia. Mas confesso que o estresse por causa de tantas coisas acaba desgastando minha saúde e algumas vezes é preciso pausar.
3 – Quando se é mulher, com raríssimas exceções, em qualquer área profissional as chances são menores (é como se a mulher tivesse que provar com mais exigência e rigor sua competência). Você acha que devido a esse fator, muito talento e competência são desperdiçados? Já passou por situação semelhante? Qual seu sentimento em relação a isso? (Vanda)
São desperdiçados sim. Nunca passei por nada semelhante, acredito que pelo motivo já citado de estar numa profissão com maioria feminina. Mas meu sentimento por saber que essas situações existem, é de indignação, unida à esperança por acreditar que a força feminina pode e vai mudar muitos quadros de preconceito.
4- Quais são suas expectativas em relação ao mercado literário no Brasil? Como você vê a atuação das mulheres nele? (Vanda)
Pelo que vejo somos maioria no ramo da literatura. Existem benefícios, mas percebo que também existem segregações. Por exemplo, mulher “pode” escrever erótico, drama, romance, chick-lit, mas é “meio estranho” quando uma mulher resolve escrever policial, por exemplo. Tenho uma colega e amiga, a Priscila Ferreira, ela escreve policial, maravilhoso por sinal, mas é a única autora que eu conheço e sei como ela batalha pelo lugar ao sol, escrevendo o que gosta, independente de ser mulher. Acho que ainda existe na literatura esse preconceito do que os gêneros podem ou não escrever. E não só com a mulher, com os homens também, que em teoria, não “deveriam escrever” certos gêneros como erótico. O que precisamos fazer é escrever. Escrevermos o que quisermos, porque gostamos e vamos conquistar nosso espaço. Não há motivos pra este preconceito, então não podemos reforçar ele nos omitindo ou deixando de escrever porque vão achar estranho. Escrever o que faz sentido, o que acreditamos e o que queremos dizer ao mundo.
5 – É claro que você já ouviu alguma coisa do tipo “lugar de mulher é na cozinha” (Aff!). Para você, onde é o lugar de mulher? (Vanda)
Em qualquer lugar que ela queira! No dia da mulher fui ao hospital acompanhando minha sogra, na fila de espera, recebemos uma caixa de caldo de carne e um suco em pó como “mimo do dia das mulheres”, e todas as mulheres na fila começaram a falar sobre o fato daquilo ser uma sutil mensagem de que lugar de mulher é na cozinha. E é, mas só se ela quiser!
6 – Basicamente, no seu livro, o personagem principal é feminino. Quais características pessoais elas levam de vocês? Se fosse para escolher uma para representar o Dia Internacional da Mulher, qual seria e por quê? (Giuliana)
Difícil essa. Escrevi sobre mulheres diferentes, mas com facetas tão bacanas que qualquer uma poderia ser escolhida. A Valerie de Ímã de Traste é sonhadora e incansável. A Anitta de Venenosa é forte e protetora com quem ama. A Celina de Colorir, que ninguém conhece ainda, enfrentou a batalha contra o câncer, como muitas guerreiras que eu conheço. A Bruna do conto Como Escolher, sustentou sua escolha por mais difícil que fosse. Então qualquer uma dessas mulheres poderiam representar esse dia. E de mim? Elas levam os sentimentos variados e os sonhos que as movem.
7- No dia Internacional da Mulher qual mensagem vocês deixariam para suas leitoras? (Giuliana)
Sejam quem vocês sonharam ser, por mais ousado que possa parecer!
8- Quais autoras influenciam ou influenciaram sua decisão de seguir com a carreira de escritora e em qual aspecto? (Giuliana)

9 - Nos conte um pouco mais sobre a mulher que existe por trás da escrita. Quais são seus medos, desejos e sonhos? (Giuliana)
Eu tenho medos bobos como de avião e elevador, tenho medos profundos como de perder quem eu amo. Tenho desejos simples como uma bela torta de chocolate, tenho desejos complexos como ser mãe. Tenho sonhos pequenos de comemorar meus 30 anos em Salvador, tenho sonhos gigantes como viver dos meus livros. Eu sou de tudo um pouco, diferente e igual a todo mundo.
10- Sobre o seu trabalho mais recente, o que as personagens principais têm a oferecer de ensinamento e qual a obra em questão? (Giuliana)

Venenosa. Acredito que o maior ensinamento da Anitta é do da capacidade que temos de nos superar e de perdoar. O perdão é a palavra-chave desse livro, perdão que damos aos outros, perdão que damos a nós mesmos. Muitas vezes nos fechamos na tentativa de nos proteger do mal, acabamos também perdendo o amor que as pessoas podem nos dar. Aprendi isso com Anitta enquanto escrevia, precisamos arriscar e remover os tijolos das nossas muralhas, vencermos o mal e ganharemos o bom. Essa é a beleza de sermos humanos, essa capacidade infindável do nosso coração se refazer, mesmo depois das maiores dores.