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[Jovens Escritores] De onde vem a inspiração? - L. L. Alves

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Olá, pessoal! Tudo bem? Estou de volta, uhuuul o/ Hoje irei falar um pouquinho sobre a temida e supervalorizada inspiração. Afinal, de onde ela vem? Dos livros que lemos ou dos programas que assistimos na televisão? Da nossa experiência de vida ou de uma conversa despretensiosa que ouvimos? Ou mesmo de uma ideia que aparentemente surgiu do nada em nossa mente? A verdade é que a inspiração surge de todos os lugares, a qualquer momento, sem avisar ou esperar sua vez.


Para aqueles que escrevem qualquer acontecimento é motivo para considerar teorias. Pensamos e analisamos nossas histórias antes de dormir, com a cabeça no travesseiro, prontos a sermos embalados pelo sono; ou mesmo quando estamos entediados ou e nem devíamos estar pensando, essa é a verdade! É nessa hora que os escritores têm as ideias mais mirabolantes e decisivas para o enredo de uma história. Não existe receita ou um passo-a-passo que seja infalível. Elas apenas estão lá. O grande desafio é tirá-las da confusão que é a nossa mente e organizá-las, usando-as com bom senso e trabalho duro.

“Como você conseguiu escrever um livro?!”, é uma pergunta frequente. E a resposta que muitos de nós nos recusamos a dar, embora seja real, é que não temos certeza de como conseguimos criar tantas histórias com os mais inesperados personagens e reviravoltas. Na maioria das vezes não está no nosso controle, não é algo consciente. Mas, afinal, como temos ideias e trabalhamos com elas em nossos livros? Bom, alguns escritores se utilizam de sonhos. As lembranças, embora às vezes confusas e indistintas, se tornam a base central e mais ideias se juntam com o passar do tempo, criando o enredo, os motivos ou o desfecho, por exemplo. Contudo, outras histórias simplesmente surgem, enquanto outras são levadas a serem escritas graças à história de vida de algum conhecido ou familiar. Nossa mente é um emaranhado louco. Entendê-la por completo é impossível!


Bom, e daí? Tudo já está pronto, a inspiração resolveu dar as caras, agora só falta escrever, não é? Err... Nananinanão!

Para criar um enredo de qualidade é necessário mais do que apenas a inspiração. É preciso trabalho duro, horas e mais horas analisando e desenvolvendo seus personagens, pesquisando (as pesquisas nunca acabam), e suando para criar uma história decente. “Então de que servem essas tais inspirações?”, vocês devem estar se perguntando. Elas são a fagulha inicial, o tempero principal para uma história ser iniciada ou para que aquele problema central seja resolvido. Muitas vezes a inspiração é o que precisamos para finalmente finalizar um enredo ou para começar aquele livro que estava guardado na gaveta do seu subconsciente.

Bom, e como fazemos para a inspiração aparecer mais vezes, para tornar-se uma hóspede frequente em nossos dias de escrita e revisão? Esteja sempre atento. Tudo o que encontramos ao nosso redor irá acionar a produção da nossa massa cinzenta. Pessoas, cenários, diálogos, acontecimentos, leituras, apresentações... Devemos ser observadores incansáveis na busca frenética pela fagulha inicial, e não devemos nunca ignorar a voz que irá gritar “EUREKA!” quando uma ideia surgir.

Contudo, a inspiração pode não ser tudo aquilo a princípio. É muito difícil termos uma ideia original em um mundo em que tantas obras e criações maravilhosas já foram escritas e eternizadas. Não podemos acreditar que somos os conhecedores únicos do Universo e que nossa ideia é a mais incrível de todas. Por isso a pesquisa é o ponto crucial para manter a sua história diferente das demais. Pode parecer bobeira, mas muitos artistas têm ideias semelhantes sem nunca terem lido o trabalho um do outro. Isso acontece porque não somos tabulas rasas (amo esse conceito!). Nascemos em um ambiente – não importa necessariamente qual – e crescemos recebendo todo o tipo de influência externa, que nos afeta e sempre afetará, seja no modo de ver o mundo e pensar, seja na hora de colocar as ideias no papel.

A inspiração é algo lindo, divino até, mas não é o suficiente para tirar as ideias da mente e transformá-las em narrativas intrigantes e deliciosas de se ler. Ela aparece de todas as formas, de qualquer lugar e através de todos (seus amigos, primos, colegas de trabalho, etc.). Surge devido a cidades que você tenha visitado, graças a refeições que tenha provado... Enfim, esteja sempre à sua procura, mas não limite sua criatividade. Descubra que tipo de escritor você é, se gosta de escrever em silêncio ou ao redor de muitas pessoas, se prefere as manhãs ou as noites, e invista de verdade! Não existe tempo ruim ou momento certo para escrever. Para mim essa é a maior mentira que podemos contar a nós mesmos, aumentando as horas de procrastinação. Esse tipo de pensamento, o famoso “Não estou inspirada hoje, escrevo depois” faz com que esse depois nunca chegue.

A inspiração vai aparecer, uma hora ou outra, entretanto, não seja escrava dela. Ser escritor é muito mais do que sentar e aguardar que uma divindade faça todo o serviço. Você terá que se ajeitar na cadeira, estalar os dedos e colocar a mão na massa! Quando escrevemos sem nos privar, sem as chatas barreiras mentais, não iremos mais parar. Lembre-se: apenas você é capaz de escrever as histórias que habitam a sua mente, portanto, escreva!



Por enquanto é isso, pessoal. Prometo que volto em breve com algumas dicas para os jovens escritores ;) Espero que estejam gostando dos meus textos loucos. Comentem sobre o processo de escrita de vocês, como trabalham e se impulsionam a nunca parar de escrever. Estou curiosa para saber! Até a próxima!
Abraços,
L. L. Alves

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* Todos os posts desta coluna escritos pela escritora L. L. Alves foram retirados e editados do blog Instituição para Jovens Prodígios administrado pela mesma. Proibido copiar, reproduzir ou distribuir este material sem o consentimento por escrito da autora *


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